terça-feira, 5 de abril de 2011


RIP Kurt Cobain,

Extamente hoje há 17 anos atrás, morria um homem bom.
Ele não tinha uma arma.
Ele preferia ser odiado pelo que era do que ser amado pelo que nunca foi.
Ele era louco, porém feliz.
E assim foi. Ele foi feliz, mas viveu momentos infelizes.
Teve uma infância conturbada, morou debaixo da ponte com ratos, numa caixa de papelão.
Foi expulso de casa pela própria mãe. Uma vadia que o colocou no mundo e o abandonou.
Ele dormiu em garagens de amigos, e quando dava invadia a garagem da própria casa para ter onde dormir.
Da ex casa, da casa onde a mulher que se diz ser a sua geradora o expulsou.
Via a mãe apanhar do pai quando criança, viu a mãe se prostituir dentro de casa.
Apanhou, sofreu, e correu. Correu não dos problemas mas sim da vida fútil que Deus lhe dera até ali.
Correu atrás dos seus sonhos, seus desejos, suas ambições.
Deus lhe deu a oportunidade de vencer e ele a fez.
Ele queria tocar a sua música e assim foi. Ele conheceu amigos de amigos.
Formou uma banda, tocou, escreveu, bombou. Da noite pro dia estava lá, no topo das paradas,
Smells like teen spirit tocando noite e dia, dia e noite. Até ele se encheu. Depois do Nevermind a sua vida
nunca mais foi a mesma. Ele casou-se com uma linda mulher, teve uma linda filha. Relação complicada com uma aspirante a roqueira na qual o meu ídolo amou. Ele estava cansado de tanta fama e de não poder limpar a bunda sem receber um flash na cara. Ele estava com problemas nas cordas vocais e no seu casamento. Ele estava exausto e só queria um pouco de paz. Queria férias indeterminadas da banda, da fama, do dinheiro que o fazia quebrar todo o equipamento em um show. Ele queria uma família. A família que ele nunca teve, com uma mãe dedicada e carinhosa, com um pai atencioso e cuidadoso e uma linda menininha para receber ensinamentos, carinho, e muuuito amor. Essa mulher que ele tanto amava (que me recuso citar o nome) o traiu. Deu-lhe uma "facada nas costas". Ela dormiu com outro por assim dizer, amenizando a pior das cituações. Kurt conturbado com a sua vida pública e novamente conturbada e medíocre decidiu sumir para pensar.
Vagou por dias.
Sofreu, bebeu, sumiu.
Dizem que avistaram-lhe 2 dias antes do descobrimento do seu corpo.
Um dia, o eletricista foi trocar a fiação ruim no sótão da casa do meu herói e encontrou-o.
O homem que salvou o rock'n'roll, que o inovou, que sabia exatamente o que queria e o que fazia,
o cara que não tinha medo de tentar ser feliz. Tentar, tentar e tentar...
I don't have a gun, mas ele se matou com uma.
A vida pregou muitas peças a ele e também coisas boas. Momentos bons mas mesmo assim ele não conseguiu ser feliz. Ele não resistiu a dor de uma família infeliz. Mais uma vez.
Com a sua morte vieram muitas outras.
Vários e vários fãs sentiram a dor de seu ídolo, muitos não suportaram tamanha tristeza e suicidaram-se.
(Não aprovo a atitude desses fãs)
Não dá pra descrever tamanha importância que ele tem pra mim e para milhões de fãs.
Desde a sua morte ele é sempre lembrado, nunca esquecido por milhares de pessoas que sabem apreciar um bom e velho rock.
Kurt sempre ganha fãs novos (como eu até que nasci só 10 dias antes).
Seu grunge imensas veses copiado mas nunca superado, a sua voz, suas letras que o eternizaram.
Obrigada Kurt Donald Cobain por me ensinar a gostar de música, por fazer o mundo um lugar melhor e por ser tão único.